Color and Image I Tóquio, Japão
Apresentação da pesquisa "Arte Contemporânea e os Desdobramentos da Cor", no encontro anual da Association Internacionale de la Couleur, Tóquio, Japão (2015).
Resumo: A arte contemporânea legitima a cor despojando-a das técnicas tradicionais da pintura e transgride plataformas ao pensar em novas modalidades da imagem: coloca o espectador e o espaço como elementos centrais da experiência cromática.
Cor é sensação proporcionada pela imagem – esta não mais assimilada a partir de constituintes tradicionais (a tela, a tinta) – em instalações e intervenções urbanas. Os passageiros de ruas e avenidas são capturados pelo inesperado, as cores se inserem entre a paisagem da cidade e um dado sensorial a ser percebido.
Dos anos 60 até hoje, o papel da cor no campo da visualidade contemporânea foi profundamente repensado pela arte. Carlos Cruz-Diez (Venezuela), Hélio Oiticica (Brasil) e Daniel Buren (França) figuram como bastiões dessa guinada conceitual, eles instauraram novas formulações cromáticas em instalações e intervenções: fizeram da cor uma maneira de despertar no espectador a sensibilidade cotidiana e atenção à paisagem.